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HORA CERTA

Stress no trabalho?

terça-feira, 27 de maio de 2008

A mais-valia no trabalho



A reforma trabalhista deve prever dispositivos que venham contrapor as distorções e efeitos perversos criados pela informalidade, terceirização e avanços tecnológicos, presentes hoje em qualquer atividade econômica.

Apesar de conhecida desde a época de Carl Marx, a mais-valia continua exercendo o seu pael de vilã, ocupando os espaços vazios deixados pela agonizante CLT.

A mais-valia , resumidamente, é a diferença entre o trabalho necessário e correspondente à remuneração,e, aquele excedente que não é remunerado. A mais-valia absoluta se obtem com o aumento da jornada de trabalho sem remuneração. A mais-valia relativa é quando se reduz o tempo de trabalho necessário à realização da tarefa e se aumenta a produtividade sem contrapartida. A mais-valia via inflação é aquela obtida entre a variação de inflação ocorrida no período e que se deixa de repassar. A mais-valia abusiva é quando se transfere ocupações e encargos antes pertencentes à terceiros ou ao próprio capitalista , sem contrapartida. E por fim, como se não bastasse, o uso de mais valia por excesso de contingente de trabalhadores é que possibilita um menor valor a ser pago pelo capitalista, aumentando a probabilidade de alguém aceitar o trabalho, aviltando seus ganhos.

Esta a válvula de escape do capitalista para driblar as negociações da relação entre remunerações e mais-valia. Ou seja, mais-valia é o lucro, às vezes indevido, sobre o trabalho.

A vergonhosa criação de uma classe dirigente de sindicalistas corruptos, que vem a tona às páginas de jornais diariamente, juntamente com a aceitação de verbas para manutenção da estrutura sindical doadas ou cedidas pelos capitalistas de vários segmentos distorcem a possibilidade de uma negociação limpa, e desencadeiam uma continuidade eterna de gestões sucessivas de um grupo encastelado.

Para uma moralização dos sindicatos se faz necessária e urgente a reforma sindical e o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, com a devida restrição de doações por parte de agentes estranhos à categoria.

Para melhor entender a dinâmica mundial da concentração de renda e precarização do trabalho, sugiro a leitura destes dois livros que, apesar de publicados há mais de uma década, ainda se mostram muito atuais.

Imperdível para quem quer ter um mínimo de entendimento sobre o que acontece com os empregos em escala mundial e também para quem vive de perto o mundo corporativo.
Por incrível que pareça, situações abordadas aqui são muito corriqueiras na vida de grande parte das empresas brasileiras.

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